domingo, 3 de novembro de 2013

Formação de Preços


Formação de Preços
Para analisar a formação de preço de um produto ou serviço é importante conhecermos o tipo de mercado em que a empresa atua.
Numa economia capitalista, a alocação dos recursos ás várias atividades se dá em função dos lucros esperados. Na busca do lucro, os empresários oferecem aos consumidores bens e serviços que atendam á seus desejos, suas necessidades.
Ocorrerão lucros e prejuízos á medida que os empresários façam previsões corretas dos desejos dos consumidores ou deixem de atendê-los.
Mudanças nos gostos e preferências dos consumidores modificam a estrutura do produto e, consequentemente, seu custo e preço.
De acordo com a teoria econômica, encontra-se o conceito de elasticidade da procura e elasticidade da oferta. O aumento ou diminuição do preço de um produto provoca reações por parte dos empresários e consumidores em relação ás quantidades ofertadas e consumidas.

 
Fatores que influenciam na formação do preço do produto
  • Concorrência;
  • Clientes;
  • Gastos;
  • Governo;

 Clientes
Ao estabelecer ou alterar o preço, as empresas se preocupam com as reações de seus clientes. Os clientes podem diminuir o consumo, ou até mesmo deixar de consumir o produto. Podem passar a fabricar o produto, ou adquirir um produto substituto.

Concorrência
Nos mercados onde há várias empresas oferecendo produtos semelhantes, o preço tenderá a ser menor do que seria se não houvesse competidores.

 Custos
Para produzir um produto, as empresas incorrem em uma série de gastos. O que o empresário espera, é recuperar todos os gastos que efetuou e ainda obter algum lucro.
A estrutura de custos constitui um fator decisivo na formação do preço de venda.
O custo funciona como um parâmetro que estabelece o limite inferior do preço de venda.

 Governo
Pode ter uma influência muito forte na formação dos preços dos produtos e serviços ou mesmo determinar o preço do produto.
São muitas as formas de que dispõe o governo para influir nos preços: subsídio, incentivos fiscais á produção, á exportação, restrições ou estímulos á importação, criação ou ampliação de tributos, etc.

 Custeamento por ciclo de vida do produto
Os custos de um produto começam a ser incorridos desde os gastos com design, estudos de viabilidade, projetos de engenharia, etc, até a fase final de sua exploração econômica; em outras palavras, da prancheta dos engenheiros e o pessoal de marketing até o abandono definitivo de sua produção e comercialização.
Os gastos com pesquisas e desenvolvimento de produtos, bem como com marketing de divulgação, quase sempre representam verbas substanciais, já compromissadas antes do início da produção e comercialização do produto.

 Custo do produto
O custo de um produto compreende os gastos incorridos em todas as fases citadas anteriormente, desde sua concepção e planejamento, pesquisa e desenvolvimento, design preliminar, design detalhado, divulgação, produção, comercialização, suporte logístico, assistência pós venda, etc.

 Custo-meta ou Custo-alvo
É o custo obtido pela subtração de um preço estimado (ou preço de mercado) da margem de lucratividade desejada, com o objetivo de atingir um custo de produção (incluindo custos de engenharia e/ou de marketing) igualmente desejado.

Custo-alvo = Preço de venda – lucro desejado

Esse tipo de custo representa o custo baseado nas condições de mercado, calculado tendo como parâmetro o preço de venda necessário para se obter determinada participação no mercado, com as margens desejadas de lucratividade.

 Custeio-alvo ou Custeio-meta
É um método utilizado na análise de produtos e desenhos de processos, envolvendo a estimativa de um custo-alvo e, consequentemente, o desenvolvimento de um produto que atinja esse alvo.

 Formação de preços baseada em custos
O preço de venda de um produto está mais relacionado com fatores externos á empresa do que propriamente aos seus custos. O preço obtido a partir do custo é uma referência valiosa para comparar com o preço de mercado e determinar a conveniência ou não de vender o produto pelo preço que o mercado esteja disposto a pagar.

 Formação de preços baseada em gastos mais margem de lucro
Os gastos que a empresa incorre na elaboração de seus produtos serão classificados em fixos e variáveis.
O objetivo do empresário é lucro e ele deseja recuperar todos os seus gastos, seja fixos ou variáveis.
Quanto maior o volume de produção/vendas, menor será o gasto fixo por unidade.
O preço mínimo no curto prazo será igual e de preferência maior, que os gastos variáveis incorridos para produzir e vender uma unidade do produto;
Preços acima dos gastos variáveis estarão gerando uma margem de contribuição que, inicialmente, irá cobrir os gastos fixos e, em seguida, gerar o lucro da empresa;
O preço máximo será estabelecido pela demanda do consumidor.
Para estabelecer regras práticas que permitam calcular os preços no dia a dia das empresas, será considerado que a empresa já elaborou seu orçamento anual e estabeleceu seu lucro desejado. Esse lucro projetado pode ser relacionado com as vendas projetadas, e determinará a margem de lucro sobre as vendas.

 Abordagem custeio por absorção
Na abordagem do custeio por absorção para determinar preço, parte-se do custo para fabricar o produto.
Os preços de venda são iguais ao custo total da produção determinado pelo método do custeio por absorção, mais um acréscimo percentual para cobrir as despesas operacionais e proporcionar uma margem desejada de lucro.

 Abordagem custeio variável (MC)
Os gastos (custos e despesas) com comportamento variável são mantidos separados dos gastos fixos. Do confronto entre vendas e gastos variáveis obtém-se a margem de contribuição.
Nesse método a margem de lucro é calculada sobre a soma dos custos com as despesas variáveis e não sobre a soma total de custos com o total das despesas, como ocorre no custeio por absorção.

Vantagens do custeio variável ou margem de contribuição
A empresa pode, facilmente, obter gastos variáveis por unidade do produto;
Não é necessário efetuar qualquer tipo de rateio, evitando com isso trabalho burocrático e as distorções que os rateios podem trazer;
Com base nos gastos variáveis, calcula-se rapidamente o preço normal de venda que assegura a meta % de lucro líquido sobre vendas;
Conhecendo o preço normal e os gastos variáveis, podem-se analisar preços especiais para situações especiais, como promoção para desova de estoque ou venda para o mercado externo.
É necessário apenas que o preço seja superior à margem de contribuição, ou seja, maior que a soma dos custos + despesas variáveis, mas que seja suficiente para amortizar os custos e despesas fixas e ainda oferecer lucro.

 Custo financeiro
Em períodos de altas taxas de inflação, o custo financeiro de uma operação passa a ser uma das variáveis mais importantes na formação do preço. As negociações se voltam para os prazos de pagamento e recebimento. As empresas buscam reduzir os prazos de recebimento e dilatar os prazos de pagamento. Os cálculos de custos e preços passam a ser diários e exigem rapidez e eficiência.

 Formação de preços em ambiente com altas taxas de custo financeiro
Numa economia com altas taxas de custo financeiro, os prazos de recebimento e pagamento assumem importância muito grande, por vezes até tomando o lugar das discussões de preços. Em vez de discutir preços, vendedores e compradores concordam com os “preços”, mas discordam dos prazos. Isso porque já acertaram o preço nominal, mas falta estabelecer o preço real.
A sistemática a ser utilizada pela empresa para a formação de preço deve prever essas constantes alterações de prazo.
A margem de contribuição destina-se a cobrir os gastos fixos e formar o lucro projetado para a empresa. Com essa abordagem evitam-se todos os rateios dos gastos fixos totais e as distorções que eles podem trazer na tomada de decisões.


Determinação do Preço de Venda pelo Custeio por Absorção

Suponhamos uma companhia que elabore um produto X cujos custos unitários de fabricação sejam:

Material direto.......................................$100
Mão de obra direta................................$ 70
Custos indiretos de fabricação..............$  80

 Os custos indiretos de fabricação foram estimados com base no volume de produção e venda da companhia e rateados para o produto com base em critérios adequados.
A experiência prévia da companhia é de que as despesas operacionais representam cerca de 40% dos custos e ela deseja obter um lucro, antes dos impostos de 30% sobre o total de custos e despesas.

 A fixação do preço de venda será a seguinte:

Custo unitário total.................................$ 250
(+) Despesas operacionais 40% custos..$  100
(=) Custo + Despesas...............................$ 350
(+) M.Lucro 30% de C+D..........................$ 105
(=) Preço de Venda..................................$ 455

 Determinação do Preço de Venda pelo Custeio Variável

Custo Variável Unitário...............................$ 80
Despesa Variável Unitária...........................$ 40
(=) Custo + Despesa Variável......................$ 120

 Margem de Lucro Desejada 50%

PV= (Custo+Despesa Variável) X (1+mark-up)
PV=120 x 1,50 = 180,00

 Considerando que a soma dos Custos e Despesas Fixas foram 90.000, calcularemos o ponto de equilíbrio contábil:

Preço de Venda......................................$ 180
(-) Custos Variáveis.................................$  80
(-) Despesas Variáveis.............................$ 40
(=) Margem de Contribuição ..................$ 60

 A margem de contribuição positiva é pré-condição para que a empresa tenha lucro, no caso de 50% conforme previsto.

PEC = CF +  DF = 90.000 = 1.500 unidades
               MC            60
 
Demonstração do Resultado

Vendas (1.500 unidades x 180)...........270.000
(-) CV (1.500 unidades x 80)................120.000
(-) DV (1.500 unidades x 40)................. 60.000
(=) Margem de Contribuição.................90.000
(-) Custos e Despesas Fixas....................90.000
Lucro ou Prejuízo...................................       0

 Com PV de 180 e margem prevista de 50%, e CF + DF de 90.000, vendendo 1.500 unidades, a empresa não terá lucro e nem prejuízo.

 Mark-up
Mark-up é um coeficiente multiplicador ou divisor que aplicado sobre os custos determina o preço  de venda ou de serviço
Agora se a empresa quiser lucro, basta prever a quantidade que deve vender, utilizando o ponto de equilíbrio econômico, no qual a fórmula prevê o lucro desejado.

 Vantagens do Custeio Variável
É um método flexível, pois permite aceitar pedidos mesmo que os preços propostos sejam inferiores ao custo unitário total de produção (CF + Variáveis + Despesas Totais).
É necessário apenas que o preço seja superior à margem de contribuição, ou seja, maior que a soma dos custos + despesas variáveis, mas que seja suficiente para amortizar os custos e despesas fixas e ainda oferecer lucro.

sábado, 26 de outubro de 2013

CUSTO PADRAO

CUSTO PADRAO
 Em sentido estrito, o custo padrão é o custo ideal de produção de um determinado produto. Para alcança-lo, é necessário que a indústria tenha equipamentos, matérias-primas, mao de obra etc. da melhor qualidade, que opere sem desperdícios e com 100% da sua capacidade instalada.
O custo padrão ideal seria um objetivo alcançável a longo prazo, com base em métodos científicos de produção.
Em razão da dificuldade ou mesmo impossibilidade da aplicação do custo padrão ideal, as industrias adotam um conceito mais pratico: o custo padrão corrente.
Custo padrão corrente é a meta fixada para o período seguinte. Diferente do custo padrão ideal, o custo padrão corrente leva em consideração as deficiências da indústria em termos de equipamentos, matérias primas, mao de obra etc. Ainda assim, é um objetivo de difícil alcance.~
O custo padrão é usado para controle dos custos, permitindo a comparação entre o custo de fato ocorrido (custo real) e o custo que deveria ter ocorrido (o padrão).
Uma vantagem apresentada pelo custo padrão é permitir a apuração do custo dos estoques por valores previamente fixados, antes da apuração dos custos reais. Isso facilita, por exemplo, a apuração dos custos para tomada de decisões e a elaboração de relatórios em curto período de tempo, o que faz o custo padrão um instrumento valioso para fins gerencias.
Exemplo:
Em uma empresa fabril que trabalha com custo padrão, a variação do tempo mao de obra direta, em certo período, foi de 100 horas acima do numero previsto, que foi de 1.000 horas. No mesmo período, a variação do custo de mao de obra direta por unidade de tempo foi de R$0,10 abaixo do valor orçado, que foi de R$1,00 por hora.
O valor da variação total entre o custo padrão e o custo real é calculado da seguinte forma:
CUSTO PADRAOCUSTO REAL
1.0001.100
x R$ 1,00x R$ 0,90
1.000990


O custo real da mao de obra direta foi inferior ao padrão em R$10,00. Como a indústria conseguiu gastar menos do que o padrão estabelecido, a diferença foi favorável. Apesar de a variação no numero de horas ter sido desfavorável, ela foi compensada pela variação favorável do custo por hora de mao de obra direta.

ANALISE DAS VARIAÇÕES

Na comparação entre o custo real e o custo padrão, a analise das variações é aplicada para fins gerenciais, sendo importante instrumento de controle. Permite, por exemplo, identificar quais setores ou departamentos menos eficientes.
Exemplo: Em relação ao consumo de determinada matéria prima no setor de produção de uma indústria , estão disponíveis os seguintes dados:
Custo padrão:
1.000 un.
x R$ 1,00
1.000

Custo Real:
1050 un.
x R$1,10
1.155


Variação da quantidade: O raciocínio aplicado é este: caso o preço real fosse igual ao padrão, qual seria a variação ocorrida exclusivamente na quantidade?
1.000 x 1,00 = 1.000
1.050 x 1,00 = 1.050
Variação de quantidade = 50 - desfavorável (padrão < real)
Variação do preço: Neste caso, considera-se a hipótese de a quantidade real ter sido igual a padrão, como se não houvesse erro na quantidade, ou seja, apura-se a variação decorrente apenas da diferença entre os preços:
1.000 x 1,00 = 1.000
1.000 x 1,10 = 1.100
Variação do preço = 100,000 desfavorável (padrão <real)

Desconsiderando a variação mista
Variação da quantidade = diferença de quantidade x preço padrão
50 um x 1,00 = 50,00 desfavorável
Variação do preço = diferença de preço x quantidade real
0,10 x 1050 unid = 105 desfavorável
Variação total = variação de quantidade+ variação do preço
50,00 + 105 = 155 desfavorável.

Pré- determinação dos CIF ( taxa de aplicação)
A predeterminação dos CIF, por meio da adoção de uma taxa de aplicação dos custos indiretos de fabricação, consiste na fixação por estimativa dos CIF de determinado período, o que permite definir o custo da produção antes mesmo de serem conhecidos os gastos indiretos reais. Em geral, a taxa de aplicação adotada com base num percentual da mão de obra direta ou materiais diretos. Nada impede, porem, que seja considerado um outro critério para seu calculo.
Exemplo:
Na área de produção, eis o que planeja certa indústria para o exercício de x2:
Consumo de 100.000 horas/maquina
R$ 30,00 de mao de obra direta unitária e
R$ 3.000.000 de gastos indiretos de fabricação. 
A indústria aplica os gastos indiretos de fabricação com base nas horas/maquina. Desse modo, pode-se concluir que a taxa de aplicação de gastos indiretos de fabricação para o exercício x2 sera de 3.000.000/100.000= 30,00.


1. A empresa Ferraço SA fabrica canivetes e registra na contabilidade todos os custos por valores padrão, controlando as variações do custo efetivo em contas especificas, encerradas ao fim de cada período mensal.
Em outubro, o custo padrão foi estabelecido em:
MATERIAL DIRETO         R$50,00
MÃO DE OBRA DIRETA  R$ 40,00
CUSTOS INDIRETOS       R$ 35,00

No mês de referencia foram produzidos 2.000 canivetes e vendidos 1.600, ao preço unitário de R$ 160,00, com tributação de IPI a 10% e ICMS a 12%.

Em 31 de outubro foram apurados os seguintes custos realmente praticados do período:
Material direto          R$ 102.000
Mao de obra direta  R$  77.500
Custos indiretos        R$ 75.000

Assinale o lançamento que contabiliza corretamente o encerramento das variações entre o custo real e o custo padrão, no mês de outubro, a partir dos dados exemplificados (histórico omitido)

D custo do produto vendido                 3.600
D Produtos Acabados                              900
D variação de mao de obra direta     2.500
C variação de material direto            2.000
C variação de custos indiretos           5.000


  Custo Padrão Custo Real Variação
MAT 2.000 x 50 = 100.000 102.000 (2.000) desfavoravel
MOD 2.000 X 40 = 80.000 77.500 2.500 favoravel
CIF 2.000 X 35 = 70.000 75.000 (5.000) desfavoravel
TOTAL 250.000 254.500 (4500) desfavoravel


Como a indústria havia registrado seus custos pelo valor padrão, uma vez apuradas as variações, o contabilista deve ajustar os estoques, aumentando ou diminuindo os valores inicialmente lançados. Foram produzidos 2.000 canivetes e vendidos 1.600 (80%). O estoque final é equivalente a 20% da produção. Portanto, as variações apuradas devem ser distribuídas entre o CPV (80% de 4.500) e o estoque de produtos acabados (20% de 4.500).

2. Uma empresa utiliza em sua contabilidade o sistema de custo-padrão. Ao final do mês, apurou uma variação de ociosidade de mão de obra direta.


ITENS Custo padrao Custo real
Capacidade instalada 15.000 horas  
Consumo de horas p/ unidade 3 horas 2,5 horas
Taxa horaria R$ 4,00 R$ 5,50
Produção planejada 5.000 unidades  
Produção real   4.000 unidades
Total de gastos planejados R$ 60.000  
Total de gastos reais   R$ 550.000


Tomando com base as informações contidas no quadro acima, o valor da variação de ociosidade em R$, foi:

a) 5.000 positiva
b) 5.000 negativa
c) 10.000 negativa
d) 20.000 negativa

Variação de quantidade

HORAS ESTIMADAS: 5.000 UNIDA X 3 = 15.000 HORAS
HORAS CONSUMIDAS: 4.000 UNIDA X 2,5 = 10.000 HORAS
VARIAÇÃO 15000-10000= 5000
VARIAÇAO 5.000 HORAS X 4 = 20.000

3. (ICMS-SP/FCC) A Cia. Capricórnio tem planejado para o exercício de 2007 os seguintes dados na área de produção:
Horas Maquinas projetadas anual de 240.000
Mão de obra direta unitária R$ 22,00
Gastos indiretos de fabricação anual projetados de R$ 3.600.000
Gastos indiretos de fabricação unitário projetados de R$ 10,00
A empresa aplica gastos indiretos de fabricação baseados nas horas/ maquinas. A taxa de aplicação de gastos indiretos de fabricação para exercício 2007, será, em R$:

a) 15,00
b) 17,00
c) 19,00

3.600.000 / 240.000 horas = 15,00 por hora/maquina


4. Suponhamos que uma empresa preveja para determinado departamento um volume de 400 Hmod (horas de mão de obra direta) com um CIF  fixo de $ 1.000.000 e variáveis de $ 3.000/Hmod. No final no ano consegue trabalhar apenas 380 Hmod e incorre em CIF Totais de $ 2.100.000.

a)     CIF Estimados
b)    Taxa de Aplicação de CIF
c)     Calcular o CIF aplicado
d)    Calcular a variação de CIF
e)     Faça a análise de variação


a)     CIF Estimados = CIF Fixos + CIF Variáveis
o    CIF Estimados = $ 1.000.000 + ($ 3.000 x 400 Hmod)
o    CIF Estimados = $ 2.200.000

b)    Taxa de Aplicação de CIF
o    Taxa de Aplicação de CIF = CIF Estimados / volume de horas previsto
o    Taxa de Aplicação de CIF = $ 2.200.000 / 400 Hmod
o    Taxa de Aplicação de CIF = $ 5.500/Hmod

c)     Calcular o CIF aplicado

o    CIF Aplicado = Taxa de Aplicação do CIF x volume de horas efetivas (reais)
o    CIF Aplicado = $ 5.500 x 380 Hmod
o    CIF Aplicado = $ 2.090.000

d)    Calcular a variação de CIF

o    Variação de CIF = CIF reias– CIF aplicado
o    Variação de CIF = $ 2.100.000 - $ 2.090.000
o    Variação de CIF = $ 10.000 (variação desfavorável, já que CIF reais são maiores que os aplicado)




quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Grau de Alavancagem Operacional


Grau de alavancagem operacional

O (GAO) mede os efeitos provocados sobre o Lucro Operacional pelas variações ocorridas nas vendas.
Refere-se á um nível específico de produção e de vendas.
Serve para apontar um acréscimo ou decréscimo no Lucro Operacional, a partir da variação do volume de vendas.
Representa o efeito que um aumento na quantidade de vendas provocará no lucro da empresa.
É de extrema utilidade para as projeções dos resultados que determinada empresa obteria em diversos níveis de atividades de produção e de vendas, mantidas constantes as demais variáveis, tais como margem de contribuição, total das despesas e custos fixos, etc.

 
Propriedades do GAO

Abaixo do PEC, o GAO é negativo;
No PEC, o GAO é indefinido, pois o lucro operacional é igual á zero;
Variações na MC para cima ou para baixo afetam o PEC e consequentemente o GAO.

 
Fórmulas para o GAO

GAO = Variação percentual do LO
            Variação percentual vendas

GAO = Margem Contribuição
               Lucro Operacional

 

Exemplo situação base e variação de 10% nas vendas.

 
Situação Base
Situação Proposta
Quantidade Vendida
6.000 unidades
6.600 unidades
Receita de Vendas
60.000
66.000
Custos Variáveis
(24.000)
(26.400)
Margem de Contribuição
36.000
39.600
Custos Fixos
(27.000)
(27.000)
Lucro Operacional antes IR
9.000
12.600

Aplicando as fórmulas temos:

GAO = Variação percentual do LO
             Variação percentual vendas

 

GAO = 40% = 4 vezes
            10%                                               12.600 - 9.000 = 3.600 / 9.000 =40%
                                                                      6.600 - 6.000 = 600/ 6000 = 10%

 

GAO = Margem Contribuição = 36.000
              Lucro Operacional           9.000

 
AO = 4 vezes

 
Conclusão

A partir do nível de 6.000 unidades, qualquer variação positiva ou negativa no volume de vendas, provocaria um acréscimo ou decréscimo de 4 vezes no lucro operacional.


1.       A Indústria de Rações GoodForDog Ltda produziu e vendeu em abril o total de 130.000 pacotes de ração, ao preço unitário de vendas de $ 8 liquido dos tributos.

        Durante o mês, o total dos custos de produção e das despesas foram:

                Custos variáveis
$
Diretos – matéria prima
208.000,00
Diretos – mão de obra direta
143.000,00
Indiretos – outros custos
39.000,00
Custos fixos
$
Energia elétrica
50.000,00
Depreciação
75.000,00
Materiais
50.000,00
Outros custos fixos
20.000,00
Despesas
$
Despesas variáveis de vendas
299.000,00
Despesas fixas (inclui $ 19.500 de depreciação)
61.500,00

               

Com base nas informações acima, calcule o grau de alavancagem operacional na situação atual e também se acaso a empresa resolvesse aumentar suas vendas em 20%.

20%
RECEITA BRUTA
1.040.000
1.248.000
(-) CUSTOS VARIAVEIS
 
 
Diretos – matéria prima
208.000
249.600
Diretos – mão de obra direta
143.000
171.600
Indiretos – outros custos
39.000
46.800
Despesas variáveis de vendas
299.000
358.800
(=) Margem de contribuiçao
351.000
421.200
(-) CUSTOS FIXOS
 
 
Energia elétrica
50.000,00
50.000
Depreciação
75.000,00
75.000
Materiais
50.000,00
50.000
Outros custos fixos
20.000,00
20.000
Despesas fixas (inclui $ 19.500 de depreciação)
61.500,00
61.500
(=) LUCRO OPERACIONAL
94.500
164.700

 
GAO = MARGEM DE CONTRIBUIÇAO / LUCRO OPERACIONAL
GAO = 351.000 / 94.500 = 3,71

 

GAO = Variação percentual do LO
             Variação percentual vendas

 
GAO = 74,28%/20%  = 3,71

 

Calcular variação na HP12C = 94.500 enter 164.700 enter ∆% = 74,28%